Executivos da empreiteira Odebrecht afirmaram, em delação premiada, que a empresa pagou cerca de R$ 7,3 milhões em propina para fraudar a licitação para as obras de reforma do estádio do Maracanã.
De acordo com os delatores, o montante foi destinado ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, a secretários e a membros do Tribunal de Contas do estado e poderia ter sido ainda maior se os acordos tivessem sido cumpridos, o que não ocorreu por causa da Operação Lava Jato.
Somente o ex-governador que está preso desde novembro acusado de receber propina de diversas empresas teria recebido R$ 6,3 milhões e o outro um milhão teria sido repassado ao então presidente do TCE, / Jonas Lopes.
O diretor da Odebrecht Marcos Amaral afirmou em depoimento que deu orientações ao estao secretário de obras do estado do Rio, Hudson Braga, a respeito das exigência que deveriam constar no edital de reforma do estádio para garantir a vitória do consórcio formado pelas empresas Odebrecth e Andrade Gutierrez.
Aiinda de acordo com ele, a entrada da empresa Delta no consórcio foi uma exigência de Sérgio Cabral. O contrato inicial da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 era de R$ 705 milhões .
Ao final, a obra custou aos cofres públicos mais de R$ 1,2 bilhão. Ainda conforme depoimento dos executivos da Odebrecht, o ex-governador Sérgio Cabral e seu grupo político também receberam vantagens indevidas pelas obras da Linha 4 do Metrô, do Arco Metropolitano e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Favelas.
Procurado pela Agência Brasil, o advogado de Cabral, Luciano Saldanha, informou que a defesa só vai se manifestar nos autos do processo. Já a defesa do ex-presidente do TCE, Jonas Lopes e do ex-secretário Hudson Braga não foram localizados pelas reportagem.
Planilha de controle de licitações =>aqui
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